Estamos em direção a uma lei global de privacidade?

A proteção de dados na Internet tem ganhado destaque nos últimos meses. Confira a opinião de especialistas da ESET sobre a possibilidade do mundo estar caminhando para uma lei global de privacidade.


Hoje (28) comemoramos o Dia Internacional da Proteção de Dados, conhecido em inglês como Data Privacy Day. Uma celebração que começou em 2007 por iniciativa do Conselho Europeu e que visa sensibilizar e promover boas práticas para a proteção de dados privados.

Depois de um 2018 bastante agitado em relação aos casos de brechas e exposição de dados, no primeiro mês de 2019 já foram registrados novos casos, como o vazamento de dados conhecido como Collection#1, no qual foram expostos +700 milhões de endereços de email e mais de 21,2 milhões de senhas. E embora, como destacamos em outros artigos, 2018 tenha sido marcado como o ano em que o Regulamento Geral da Proteção de Dados (GDPR) entrou em vigor na União Europeia – fato que influencia não só os países da Europa, mas também ao resto do mundo – parece que ainda há um longo caminho para tornar a segurança e a privacidade dos dados de usuários uma prioridade para empresas e governos.

Embora o cenário não pareça ser muito otimista, pelo menos em um curto prazo, assim como explicou o Pesquisador de Segurança da ESET, Stephen Cobb (em nosso documento de Tendências 2019), espera-se que a partir deste ano e com o impulso que significou a entrada em vigor do GDPR em maio de 2018, iremos continuar observando sinais que indicam que o mundo está caminhando para uma lei global de privacidade.

Diversos países, como o Brasil com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPDP) ou a China com sua lei de proteção de dados, implementaram regulamentações semelhantes e até mesmo se inspiraram no modelo GDPR, não apenas como referência, mas também para que exista reciprocidade, como é o caso do Japão.

Por outro lado, a Califórnia nos Estados Unidos, um estado muito influente na política americana e cujas iniciativas em várias ocasiões foram reproduzidas no resto dos estados e terminaram em políticas nacionais, lançou em 2018 a California Consumer Privacy Act (CCPA). Para compreender a importância desta lei, se a Califórnia fosse um país independente representaria a quinta maior economia do mundo, atrás de países como a Alemanha, a China e o resto dos Estados Unidos. Portanto, Cobb explica que é de se esperar que a CCPA acabe se replicando pelos Estados Unidos.

Como percebemos, em 2019 continuarão ocorrendo casos de brechas de segurança e um grande número de usuários será afetado por esses incidentes. E enquanto esperamos que essa tendência para uma lei global de proteção de dados se materialize, é fundamental poder contar com iniciativas como a celebração do Dia Internacional da Proteção de Dados para colocar a questão em evidência e para que os usuários aprendam a gerenciar de forma adequada suas informações pessoais na Internet e, consequentemente, evitar ser vítima de novos incidentes.

Como proteger nossas informações pessoais na Internet

Como a educação é um aspecto essencial, no WeLiveSecurity publicamos diversos artigos que podem ser usados ​​como guias para adotar hábitos de segurança que ajudam a proteger nossa privacidade.

Confira um guia feito por welivesecurity (ESET) completo sobre privacidade na Internet que inclui as ameaças que afetam a privacidade na Internet: as redes sociais (riscos e boas práticas), protocolos inseguros e códigos maliciosos.

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